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Sobre o tratamento

A psicoterapia de orientação psicanalítica é um espaço em que o sujeito é convidado a falar livremente, permitindo que conteúdos inconscientes se expressem por meio da palavra. Diferente de uma escuta direcionada à solução imediata de sintomas, esse tipo de trabalho busca compreender os sentidos que estão implicados no sofrimento psíquico.

No encontro com o analista, a relação transferencial torna-se um campo fértil para que repetições, conflitos e modos de funcionamento possam ser identificados e elaborados. O tempo da análise é o tempo do sujeito — um percurso singular, que favorece o autoconhecimento, a escuta de si e a construção de novas possibilidades de vida.

A proposta não é oferecer respostas prontas, mas sustentar um espaço onde seja possível perguntar, duvidar e, pouco a pouco, escutar o que antes não se podia nomear.

Angústia

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A angústia é uma sensação difícil de nomear. Às vezes, ela aparece como um aperto no peito, uma inquietação constante ou um vazio que não sabemos explicar. Na psicanálise, entendemos que a angústia não surge do nada — ela é um sinal de que há algo dentro de nós tentando se expressar, algo que foi reprimido, esquecido ou que ainda não conseguimos simbolizar.

Segundo os pilares da psicanálise, como o inconsciente e o conflito psíquico, muitas vezes a angústia aparece quando desejos ou emoções entram em choque com as exigências internas (como o superego) ou externas (como a sociedade). Ela não é um erro — é um afeto legítimo, que aponta para algo que precisa ser escutado.

Na clínica psicanalítica, não buscamos eliminar a angústia de forma imediata, mas criar um espaço para que ela possa falar. Através da associação livre, da escuta e da interpretação, o sujeito pode começar a dar sentido ao que antes era apenas sintoma. E, ao nomear o que antes era confuso, a angústia pode se transformar — não em silêncio, mas em elaboração.

A psicanálise não oferece respostas prontas, mas convida à travessia. E, nesse caminho, a angústia pode deixar de ser um peso solitário e se tornar um ponto de partida para o autoconhecimento.

Ansiedade

A ansiedade costuma ser vista como um mal-estar que atrapalha o dia a dia — uma sensação constante de urgência, tensão, pensamentos acelerados e preocupação com o que ainda nem aconteceu. Na psicanálise, no entanto, a ansiedade não é apenas um “sintoma a ser combatido”, mas um sinal psíquico a ser escutado.

A partir dos pilares psicanalíticos, como o inconsciente e o conflito interno, compreendemos que a ansiedade pode surgir quando desejos, emoções ou lembranças inconscientes se aproximam da consciência — e entram em choque com aquilo que o sujeito considera aceitável, seguro ou possível. É como se algo dentro de nós quisesse emergir, mas fosse contido, gerando tensão.

Ao invés de silenciar a ansiedade, a psicanálise propõe um espaço de escuta onde o sujeito possa falar livremente, sem julgamento, permitindo que sentidos ocultos venham à tona. Nesse processo, é possível entender de onde vem essa angústia antecipatória, quais fantasias estão por trás do medo e o que essa ansiedade está tentando proteger ou evitar.

Mais do que aliviar sintomas, a psicanálise busca transformar a relação do sujeito com sua própria história, oferecendo um lugar para que ele se encontre consigo mesmo — sem pressa, sem cobranças, e com mais autonomia sobre seus afetos.

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Depressão
 

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A abordagem psicanalítica compreende a depressão não apenas como um conjunto de sintomas, mas como a manifestação de conflitos psíquicos mais profundos. Em vez de tratar o sofrimento como algo a ser suprimido, a psicanálise propõe escutá-lo — entender o que ele comunica sobre a história do sujeito, suas perdas, seus ideais e suas formas de lidar com a falta.

No processo analítico, o trabalho se dá na construção de um espaço onde a palavra pode circular, sem julgamentos. A escuta atenta permite que o paciente entre em contato com aspectos inconscientes que sustentam o estado depressivo, muitas vezes ligados a sentimentos de culpa, desinvestimento da vida, ou experiências de luto não elaboradas.

Não se trata de oferecer respostas rápidas, mas de sustentar um percurso singular, onde o sujeito possa resgatar algo de si, dar sentido ao que antes parecia opaco e, com o tempo, reencontrar possibilidades de movimento e desejo.

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